segunda-feira, 26 de abril de 2010

Dos erros

Porque às vezes é preciso transgredir.
"Para os erros há perdão..." Alguém disse. Há perdão e há que se perdoar.
Estamos todos sujeitos ao erro e é isso que nos torna seres tão especiais e únicos. Afinal, o erro nada mais é do que um caminho para o acerto. E, entre um caminho ou outro, que a vida nos oferece, por inúmeras vezes escolhi o mais sensato. Natural que não quisesse correr riscos. Todavia, a sensatez às vezes poda a árvore da gente. É necessário um pouco de insensatez até para o nosso auto comhecimento (para os que se importam com isso, claro). Quem sou eu? Do que sou capaz? Quais os meus limites? Tenho-os? É tudo tão infinito quanto misterioso.
Talvez não tenhamos mesmo esse poder de auto conhecimento que tanto buscamos, mas e daí? Por isso pararemos no meio?
Todas as regras e normas que conhecemos foram impostas por alguém. Quem sou eu afinal?
Um produto criado pela sociedade e feito aos seus moldes? Ou um ser pensante, capaz de identificar o melhor modo de ser eu nessa bagunça boa que é a vida?
Eu quero a beleza do erro, a alegria do perdão e as dádivas da sabedoria.
Quero conhecer-me de outras formas. Porque não sou só isso que veem, nem que vejo, nem que penso. Sou mais e além. Melhor não. Diferente, talvez.
"Vamos nos permitir", já dizia o poeta! Para quê todos esses cárceres que criamos a nossa volta?
Uma forma nada agradável de nos boicotarmos. Nos preocupamos tanto e sempre com a forma como somos vistos e na primeira escorregada que damos, somos nós os primeiros a nos criticar. O outro é sempre mais generoso conosco do que nós mesmos.
É falta de amor próprio? Não sei. Mas passamos a vida tendo que perdoar, entender, aceitar... os outros. Por que com a gente tem que ser diferente?
Amar é entender essa imperfeição da qual somos feitos. É nos garantir o direito à felicidade sem essa nossa cotidiana auto-flagelação. Ninguém é perfeito. Que bom! Tudo certinho vem acompanhado de uma bela chatice...
Um brinde à imperfeição! Esse ingrediente que, ao meu ver, faz a vida valer à pena!

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