quinta-feira, 20 de maio de 2010

Então ela sentiu o coração apertar até sumir do peito.
E um nó na garganta. Daí pensou ser bom.
"Um nó deve calar a gente", e ela falava demais.
Se existia mesmo pecado esse era o dela.
Porque a fala era só a ponta do que ela sentia. Uma ponta que, vez ou outra, escapava.
E tudo que escapa foge do controle.
Controle era uma palavra que ela gostava de usar na sua vida.
E ficava triste quando a perdia.
E quando perdia o controle imaginava que alguém, em algum lugar tinha encontrado.
Mas quem? Onde?
Não sabia direito se acreditava em Deus... Mas um dia ouviu um poema que dizia que de vez enquando Deus fica pequenininho, ai ela entendeu.
Porque esses dias Deus tem estado também tão pequenininho, mas tão pequenininho, que ela nem conseguia ver.
Nem sentir.
Nem saber.

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